É como um holofote com grande angular, ou mesmo, farol em oceano aberto.
Que LINDA, LUA LINDA!
Não existe uma única vez que não a olhe e que não admire a magnitude da sua luminosidade.
E, logo penso em vagalumes! Não sei porque... Talvez porque brilham pipocando a escuridão?! Ou talvez, na minha meninice, no sitio do Tio Rubens e da Tia Vina, meu pai em noite de luar, logo reunia o grupo da primaiada para andar na estrada....
Como eram boas essas caminhadas! A criançada já empunhava a lanterna para clarear o fundo da mata onde a luz da lua não alcaçava.... E de lá saiam os brilhantes vagalumes, que saltintantes, dançavam em coreografia desajeitada...
Me lembro do susto que levei ao ver a coruja....Não só o susto, mas a surpresa ou incredulidade de ver tal animal por ali pacatamente, como dona, refestelada na velha porteira. (aliás por onde anda a velha porteira azul? saudades....) Ah! Não pense você que era uma coruja qualquer, daquelas malhadas e miradas. Não senhor, meu caro doutor!
Era uma coruja inteiriça branca, grande, majestosa, daquelas onde as penas formam desenhos e volutas ao abrir as asas. Lembro- me ainda do frio na barriga que senti ao ve-la sob a luz do luar... Era linda e ao mesmo tempo apavorante! ( ainda bem que meu pai estava lá, senão já tinha saido correndo!)
A majestosa, nem ligou quando passamos por ela.... Parecia guardar algo, pois ali na porteira ficou....compenetrada.... observando....
Nunca mais vi corujas no sitio, muito menos essa alá Harry Potter. Me pergunto até hoje, da onde saiu tal coruja?
E os sapos?! coach, coach...
Em noite de luar era dia de ir ver os sapos na lagoa...(dai surgiu uma das minhas historietas contadas e recontadas para minha filha - Noite de Luar na lagoa dos Pururus - um dia ainda a escrevo para lembrar de contar aos netos!)
A criançada toda se reunia trajados de exploradores, ou o que pensávamos que era, e, de galocha ou tenis rampeiro e chapéu descíamos com nossas lanternas iluminando a mata e o cafezal até chegar na lagoa para ouvir e ver os sapos.
Aliás, quem me conhece, sabe que não gosto de répteis de nenhum gênero, cor, subcadeia ou o quê. Não gosto de quelônios também! Como digo sempre em tom de chacota: " perdôo as marinhas porque estão em extinção!" (Mas isso se deve um fato... Em outro post conto da tartaruga corredora!)
Confesso todavia, que hoje acho inté bonitinhos os sapinhos...Mas não me peça JAMAIS para colocar as mãos!
Eita, dona Lua!
Por sua causa, hoje relembrei histórias de 30 anos atrás!..... Que bom!
Luar: Misterioso, encantador, charmoso, nostálgico e amedrontador por vezes....
Luar, lindo de relembrar, mais lindo ainda de se ver.