quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Bordando a vida

Este ano decidi aprimorar a arte do bordado. em um primeiro momento me vieram à mente os tais pontos em Cruz.... Lindos sim quando finalizados, mas no meu olhar, bothering enquanto os executamos... Como a vida já é cheia, por vezes, de situações tediosas, achei por bem relembrar os pontos de bordado clássicos: margarida, ponto atrás, no colonial, no francês, matizado, mosca, e por aí vai... O que bordar? Não demorei mais do que 1 minuto para sair compondo meu desenho. De uma grande e emoldurante primavera vermelha, as Pequenas ovelhas caminham placidamente pelos campos de arbustos lilases arroxeados, como no interior de Sussex - Inglaterra. Caminham com tal lentidão que permaneceram ali perdidas e sem rumo... Pastando... Um misto de lago e mar acolhem em suas ondas um óculos, simbolizando a pressa de alguém que foi velejando rapidamente e deixou cair seus óculos, perdendo a visão do todo e da onde deveria ter chegado. Num canto do bordado está o grande - pequeno sapo. Grande porque ele é maior que um sapo comum e pequeno frente à escala macro do desenho. Esse sapo mantém ao seu lado uma coroa de príncipe. Monstrando a evidência da destituição da sua realeza frente ao que ele era de fato: um anfíbio, sapo que jamais se tornaria em príncipe de fato.... O sol hiponotizante simboliza tanto a vivacidade que a luz do sol trás e alimenta as flores com sua energia, como também a aridez que essa luz desértica pode provocar em demasia. Bordar a vida pode ser terapêutico, libertatorio, embora necessite de horas e horas de entrega à arte.