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quarta-feira, 20 de maio de 2015
Reflexão sobre fé
SUMARIO
1.Resumo
2. Entendendo o significado da Fé
3. A Palavra Sagrada e a Fé
3.1 Fé como mandamento de Deus;
3.2 Fé como justificação;
3.3 Fé como bênçãos;
3.4 Fé como vitórias alcançadas;
3.5 Fé em Cristo;
3.6 Fé enquanto Promessas especiais;
3.7 Falta de fé, ou incredulidade dos seres humanos em Deus.
4. A Fé como postura de vida
5. Considerações Finais
6. Referências Bibliográficas
1. RESUMO
O objetivo principal deste estudo se dá acerca da discussão da Fé narrada por Jesus de Nazaré segundo o livro de Mateus capítulo 6, versículos de 25 a 34 onde é abordada a ansiedade frente a solicitude pela vida dos seres humanos.
Como objetivo secundário é abordado sucintamente o significado etimológico doa palavra fé bem como a sua atuação na vida dos seres humanos procurando demonstrar a sua aplicabilidade por alguns personagens descritos pela Bíblia, livro este, considerado pelos povos Cristãos como Palavra Sagrada, Palavra Viva, sendo esta inspirada pelo próprio Deus, criador do universo.
Palavras Chave: fé, solicitude da vida, incredulidade, provisão divina
2. ENTENDENDO O SGNIFICADO DA FÉ
De acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego pistia que é a adesão absoluta a uma hipótese, considerando essa como verdade, mesmo que esta verdade não possa ser comprovada ou verificada através de fatos.
Na origem do latim a palavra fé significa fides, reportando-se a uma atitude de fidelidade e indicando portanto, a noção de lealdade, confiança e credibilidade. Se o entendimento da fé associa-se à confiança, ao acreditar e ao crer, antagonicamente a dúvida não faz parte dessa lógica conceitual, uma vez que se torna impossível se ter fé e ao mesmo tempo duvidar concomitantemente.
O sentimento de fé pode ocorrer em relação a pessoas, objetos, ideologias, filosofias ou a qualquer conjunto de regras ou mesmo dogmas de uma determinada religião.
Pela fé não poder ser sustentada por evidências e provas ela não é aceita pela comunidade científica como uma avaliação legítima da verdade.
Se por um lado, a fé é algo que não é palpável ou evidentemente provado e comprovado, mas é todavia, o crer de modo indubitável; a fé passa ser encarada como loucura para a comunidade científica, assim como já descrito pelo Apóstolo Paulo à comunidade de Corinto: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes (1co 1:17-18)
3. A PALAVRA SAGRADA E A FÉ
A Bíblia é considerada pelos povos cristãos como Palavra Sagrada e inspirada pelo próprio Deus, sendo portanto, viva, na medida que o Espírito Santo (parte da Trindade) interage de maneira a fazer entender seus ensinamentos.
A Bíblia relata e exemplifica muitos textos acerca da fé, permeando tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento.
Alguns subtemas decorrentes da Fé são tratados e descritos na Bíblia, tais como:
a) fé como mandamento de Deus;
b) fé como justificação;
c) fé como bênçãos;
d) fé como vitórias alcançadas;
e) fé em Cristo;
f) fé enquanto promessas especiais;
g) falta de fé, ou incredulidade dos seres humanos em Deus.
3.1 Fé enquanto mandamento de Deus
Ao lermos a Palavra de Deus percebemos que são vários os personagens que demonstram a fé na medida que se dá a narrativa da história e/ou parábolas e ensinamentos.
A fé é considerada um mandamento de Deus assegurando o êxito nas diversas situações adversas e de confronto: “...Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros...” (Lc 8:50) e também como uma maneira de agradar ao Pai: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus...” ( Hb 10:22)
Do mesmo modo, a fé é referenciada como “arma de defesa” na medida que é comparada como escudo que protege todo aquele que crê (Ef. 6:16). Igualmente, a oração, em determinadas situações, pode ser considerada como instrumento de batalha ou guerra espiritual, para tanto, a eficácia da oração permeia preponderantemente a fé: “Peça-a,(ore) porém, com fé, não duvidando, porque aquele que duvida é semelhante á onda do mar, impelida e agitada pelo vento” (Tg. 1:6)
Por fim, ao percebemos que o próprio Jesus ao ser questionado do como executar as boas obras de Deus, o mesmo reponde no Evangelho de João 20:27: “A obra de Deus é esta: crede Naquele que Ele enviou”. Esta passagem bíblica ressalta claramente a necessidade em crer que Jesus é o próprio enviado de Deus. A fé Nele e em Deus, divulga o amor na medida que cremos que Jesus Cristo é o filho de Deus e por este amor devemos amar o próximo como a nós mesmos (1Jo 3:23)
3.2 Fé enquanto justificação
A partir da Obra da Crucificação, o ser humano, pela fé é justificado passando a ter paz e acesso à Salvação eterna através de Jesus Cristo, conforme texto: “E seja achado nele, não tendo justiça própria que vem da lei, mas que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé” (Fp 3:9) e “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do Nosso Senhor Jesus Cristo”. (Rm 5:1)
Os textos acima elucidam que a justiça de Deus se dá mediante a Fé que temos na vida, morte e ressurreição de Cristo.
3.3 Fé enquanto bênçãos
Todos os milagres narrados na Bíblia são bênçãos oferecidas ao ser humano em decorrência da fé. Todavia, essa fé não era a que Cristo Jesus possuía, mas a fé que os agraciados tinham de que Ele era o Cristo. Desse modo, percebe-se a fé que o centurião romano teve em relação a cura do seu criado (Mt 8:13), assim como a cura dos dois cegos e um mudo (Mt 9:29-30) onde em ambos os casos, a benção da cura foi liberada segundo a fé de cada um.
3.4: Fé enquanto vitórias alcançadas
A Bíblia narra várias vitórias dadas aos temiam ao Senhor Deus que vão desde Abraão, Calebe como a Jó e ao próprio rei Davi.
Davi, mesmo sendo um pastor e de baixa estatura, filho caçula de Jessé, foi escolhido por Deus através do profeta Samuel, graças a ser tido como um servo segundo o coração de Deus. Graças a índole do seu coração, obteve inúmeras vitórias, seja ao guerrear contra leões e ursos dada à época de pastoreio, seja já como eleito de Deus contra o gigante Filisteu Golias.
3.5. Fé em Cristo
O acreditar em Cristo como Senhor e Salvador, na trindade e em sua plena e completa obra e missão no mundo, nos leva a libertação dos nossos pecados (uma vez que se fez como cordeiro em holocausto dado por expiação dos nossos pecados) e ao acesso à promessa de vida eterna dada por Deus Pai.
A obra de Jesus compreendida como vida, morte e ressurreição, além de ter-se feito cumprir as escrituras já anunciadas no Antigo Testamento, permitiu com que todos, independentemente de ser povo eleito (judeus) ou gentios, tivessem igualitariamente as mesmas condições do povo para quem Ele a princípio havia sido enviado (judeus). Essa atitude de amor incondicional de Jesus, abertura e extensão da Graça a todos aqueles que Nele cressem enquanto próprio Deus vivo, permitiu que os gentios fossem “adotados” legitimamente como herdeiros e portanto, filhos de Deus assim relata o Evangelho de João 3:15: “para todo aquele que Nele crê tenha a vida eterna”.
3.6. Fé enquanto promessas especiais.
A fé em Deus também nos garante força, justiça, resgate e paz.
Na medida que a fé sobrepuja a incredulidade humana fornecendo segurança Naquele em que se crê, percebe-se o agir de Deus mediante a fé dadas as promessas descritas, tais como: “O temor do homem virá a ser laços, mas o que confia (crê) no Senhor está seguro” (Pv. 29:25). “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti” (Is.26:3)
3.7. Falta de fé, ou incredulidade dos seres humanos em Deus
Se por um lado a fé ou crença em Deus faz com que possamos remover montanhas, a dúvida ou incredulidade nos freia a galgarmos patamares de fé.
A mente humana, tendenciosa a pensamentos lógicos e a ter por verdade somente fatos que são evidenciados por provas daquilo que se vê e se entende pela razão, impede (ou aprisiona) o ser humano a viver o plano de Deus em vida: a plenitude da Graça.
A lógica arraigada e herdada da cultura greco-romana e outras civilizações pagãs passadas contribuem para o endurecimento da vivência e compreensão da fé, que diferentemente de fatos evidenciais científicos, se dá mediante a convicção de uma verdade que transcende o pensamento e a compreensão humana, mas que se prova, comprova e se vive, na medida que há uma entrega legítima a Deus.
4. A FÉ COMO POSTURA DE VIDA
Atualmente, muitas pessoas entendem a Bíblia como sendo um livro motivacional ou de auto-ajuda, principalmente ao se considerar a realidade do dia-a-dia das pessoas que vivem em grandes metrópoles como São Paulo, Londres e Nova York.
Grandes montanhas, leões, ursos e gigantes não são mais alvos diários e ameaças constantes a seu rebanho ou sua família. Dessa maneira, a incredulidade (contrária a fé) dominada pelo contingente do meio em que se vive e de seus agentes, compactua negativamente à população, que psicologicamente (e espiritualmente) não possui o acesso a real da leitura dinâmica e viva da Palavra de Deus.
Os pastores passam a exercer portanto, um papel primordial de contextualizar a narrativa bíblica aos dias atuais, sendo que para isso devem cada vez mais estarem preparados e embasados teologicamente e espiritualmente para se fazer entender, a saber: Quais são seus leões, ursos e gigantes atualmente? Qual montanha se faz necessário percorrer ou transpassar?
O texto escolhido para discussão sobre a fé, na opinião da autora, é um texto que fala diretamente a qualquer pessoa independentemente do meio ou época em que se encontra. É um texto atemporal, direto, sem preâmbulos, riquíssimo em entendimento, na medida que o entendimento da fé seja alcançado. Assim, a fé pode ser demonstrada conforme o Evangelho do Apóstolo Mateus, capítulo 6, versículos de 25 a 34, onde texto atribuído a Jesus de Nazaré diz:
25 "Portanto eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?
26 Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?
27 Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?
28 "Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles nãotrabalham nem tecem.
29 Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.
30 Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?
31 Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?'
32 Pois os pagãos são os que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.
33 Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês.
34 Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.
No versículo 25 demonstra o amor incondicional de Deus com as nossas vidas e com o que somos, ou seja, filhos de Deus. A ansiedade e o estresse diário advindos também da falta de fé Naquele que nos criou, propicia o sentimento de aprisionamento ao sistema humano vigente que nos impede o pleno exercício de gozar da vida na plenitude de Deus, mas vivenciando contrariamente o sistema imposto pela sociedade humana.
A comparação feita no versículo 26 entre os seres humanos com as aves do céu deixa claro a importância do Homem para Deus, não havendo a necessidade de se preocupar em acumular riquezas, ou ser paranóico pelo trabalho para manter sua família, uma vez que o próprio Deus que alimenta as aves, que são criaturas e não filhos de Deus, se preocupa também com o seu bem estar, sanando e provendo toda a necessidade.
A crença em que todas as coisas são feitas única e exclusivamente pelo poder e pelo agir do Homem, promove a ansiedade sobre o como conduzir a vida, já que pela óptica humana somos os únicos responsáveis pelo sucesso ou insucesso de nossas ações. O versículo 27, demonstra o oposto a este pensamento, dado que pontua claramente que o ser humano não possui o controle de coisa alguma, quiçá o quanto viveremos. Se não conseguimos saber nem quantas horas nos restam na vida terrena, por que deveríamos nos preocupar em demasia com o que vamos comer?! Este versículo deixa claro a pequenez do ser humano enquanto definidor do seu escopo de vida frente a grandeza de Deus que é o autor da vida.
Os versículos 28, 29 e 30 ressaltam a vã importância do ser humano com as aparências e com o dinheiro. A preocupação em se encaixar adequadamente numa sociedade ou em qualquer segmento da mesma, permeia o modo de como você se apresenta aos demais, o famoso, marketing pessoal. Comprovadamente sabemos que a maneira como se apresentamos interfere nas avaliações e pré julgamentos humanos imediatistas, principalmente no que se refere às relações de postos de chefia e gerências.
Todavia, Jesus, sabiamente compara a indumentária a uma das mais belas flores existentes (será que no céu possui atellier de criação?), o lírio. Ao comparar o que vestimos com uma flor que nasce, cresce no campo mas que ninguém por mais habilidade que tenha é capaz de fazer algo similar seja em textura, fragmentos de cores e cheiros, coloca por terra a ansiedade sem fundamento criada pela mente humana.
Jesus exorta também a falta de fé Nele, na medida que depositamos em nossas mãos a provisão dessas roupas pelos nossos esforços e não cremos que Ele é apto a nos fornecer o que há de melhor e inigualável, semelhante a vestimentas reais. A exortação se dá na falta de credibilidade que o Senhor é o Senhor e portanto, na liberalidade da interferência divina em nossas vidas.
Os versículos 31 e 32 concluem que a ansiedade e a crença única no poder humano é tola, que os que não crêem no Senhor, se afligem e correm atrás de como prover, por suas forças, suas necessidades imediatas. Porém, como dito no versículo 32, a onisciência de Deus faz com que Ele saiba de todas as nossas necessidades e portanto, Ele sabe de todas as coisas inclusive das mais ínfimas coisas, não havendo portanto, necessidade alguma da preocupação que não dará fruto em si mesma.
Todas as nossas necessidades e ansiedades, seja de cunho emocional, material ou psicológico, devem ser depositadas por intermédio da fé, em Cristo. Jesus ensina que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e somente assim todas as coisas que necessitamos serão fornecidas e dadas mediante a nossa fé. Ainda, no versículo 32, Ele nos ensina que devemos viver um dia de cada vez e não nos preocuparmos com os demais dias de nossas vidas, uma vez que o mal permeia cada dia da nossa existência, mas que Ele sabe dessas coisas, e nos provê a solução dos nossos problemas e anseios, basta que para isso haja fé.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fé tão embora não seja tocável, degustável ou provada cientificamente ela é totalmente sentida e testificada pelos que crêem e decidem, mesmo que a princípio seja “dando o benefício da dúvida”, provarem da justiça de Deus. É do interesse do Pai que todos possam ter acesso as dádivas do Reino de Deus, que creiam e tenham vida plena.
A fé é capaz de nos ligar ao Divino e nos propiciar alegria, paz e segurança na medida que temos a convicção de que Deus, na sua onipotência, onisciência e onipresença, se faz presente e tem conhecimento de todas as coisas que permeiam nossas vidas agindo com liberalidade – dada por nós quando O aceitamos – nos protegendo, provendo nossas necessidades seja de que cunho for, e nos abençoando na medida que nos predispomos ao trabalho do Seu Reino
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• Bíblia da Mulher: versão devocional e estudo. Sociedade Biblica do Brasil. Tradução João Ferreira de Almeida, revista e atualizada. 2A Edição, 2009.
• Bíblia de referência Thompson. Edição contemporânea. Editora Vida. Tradução João Ferreira de Almeida. 7A Edição, 1997
• Bíblia King James atualizada.Sociedade Bíblica Ibero Americana. Abba Press. Edição comemorativa de 400 anos. 1A Edição, 2012.
• Via online:
Dicionário informal online: http://www.priberam.pt/dlpo/. Ultimo acesso: 17/05/2015
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9. Ultimo acesso: 17/05/2015
Bíblia online: http://www.bibliaon.com. Ultimo acesso: 17/05/2015
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